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A Importância do Design para o Marketing Digital

Por Eduardo Galvani / Epîak Studio


Instagram, Facebook, Twitter, WhatsApp, Linkedin, TikTok ou em qualquer mídia: Porquê o Marketing Digital é mais eficiente quando auxiliado pelo Design?


Na imagem acima, apesar de todas as marcas estarem juntas e embaralhadas em um mesmo contexto, ainda assim somos capazes de identificar cada qual com facilidade: as cores e as formas únicas de cada logo são fundamentais pra que isto seja possível. Um exemplo de como o Design é relevante — e esta relevância aumenta na medida em que o mercado torna-se cada vez mais complexo e saturado de marcas.


Acompanhar as tendências culturais e as transformações tecnológicas da sociedade e do mercado é um princípio fundamental para orientar as ações do profissional de Marketing Digital. A cada dia as sociedades tornam-se cada vez mais conectadas: Redes Sociais Digitais, Inteligência Artificial, Internet das Coisas.


Este crescente entrelaçamento e sobreposição das mídias exerce grande influência no comportamento das pessoas, sociedades e mercados, e um destes efeitos é dificultar a diferenciação simbólica das marcas. Mas se este contínuo crescimento da quantidade e da velocidade das informações parece assustador, por outro lado, esta realidade permite destacar ainda mais a singularidade de cada marca, e para isto o Design mostra-se fundamental.


Neste artigo vamos avaliar a força do Design como solução para promover a diferenciação e a aceitação de uma marca no mercado, para isso, é importante considerar o seguinte:


Vivemos em uma realidade tecnológica que nos oferece o máximo de conforto para muitas coisas: estamos acostumados a resolver uma variedade incontável de tarefas básicas do nosso cotidiano como em um passe de mágica, praticamente com um simples apertar de botão. Hoje, para promover uma marca na Internet temos à disposição inúmeras ferramentas importantíssimas, como segmentação detalhada, impulsionamento imediato, acompanhamento e análise de métricas em tempo real, etc. Mas é importante compreender que, no Marketing Digital, não existe fórmula mágica. Uma máxima indiscutível do Marketing é que a melhor estratégia para qualquer marca que deseja crescer e ter vida longa no mercado, é oferecer seu produto ou serviço com a melhor qualidade possível, com o preço mais acessível que puder praticar.


O Design, por si só, também não é capaz de fazer mágica, mas quando desenvolvido de forma personalizada e qualificada, pode potencializar bastante o crescimento de uma marca, e é sobre isso que vamos tratar no capítulo a seguir.



Como o Design pode promover a diferenciação e estimular a aceitação de uma marca pelo mercado?



Quando gostamos de alguém e nos relacionamos com esta pessoa de forma espontânea, esta afinidade e aproximação são estimuladas por características da identidade daquela pessoa. Nosso relacionamento com as marcas ocorre de forma semelhante:

Além das características técnico-estéticas que fazem de um produto ou serviço serem o que são, a identidade da marca do produto ou serviço é expressada principalmente através da linguagem visual com a qual ela se apresenta: o logotipo, as imagens que ilustram uma campanha, o layout e iconografia do site e até mesmo uma fotografia escolhida para ilustrar um artigo do blog da marca. Todos são exemplos de expressões imagéticas que se relacionam de forma direta com a identidade da marca, e que por consequência influenciam na afinidade que o público desenvolve com ela. (Se desejar ler um pouco mais sobre o fenômeno da afinidade pela identidade, recomendo o ensaio "Entrelaçamentos Simbólicos e a Noção de Identidade").


Esta aproximação por afinidade ocorre também nas relações entre coletivos que possuem afinidades entre si, ou interesses em comum (um fã clube de uma banda, a torcida organizada de um time de futebol, ou um grupo do Facebook, por exemplo). A força social que cria e mantém os coletivos unidos vem da afinidade que os indivíduos deste coletivo sentem por aquilo que os unem, e também da afinidade que sentem uns pelos outros, afinidade esta estimulada por várias razões, e em grande parte por aspectos visuais: o estilo da roupa, do cabelo, da maquiagem, etc... Quando uma marca vai além de oferecer seus produtos e serviços com qualidade e bom preço, mas desenvolve e apresenta um estilo visual coerente com a sua identidade, o público a reconhece mais facilmente, consegue diferenciá-la das outras marcas no mercado e tende a aproximar-se ainda mais dela por afinidade visual: tem orgulho de usar e de mostrar que usa seus serviços e produtos, adquire e utiliza seus subprodutos de merchandising, faz questão de falar da experiência que tem com a marca para seus amigos. O resultado disso é a melhor forma de publicidade: orgânica e espontânea.


O Design, quando é personalizado e qualitativo, segue o princípio holístico de mesclar aspectos identitários da marca com as tendências estéticas e técnicas do Design que mais se adequam à identidade visual da marca em questão. Neste processo, considera o passado (quando não se trata de uma marca nova), o presente e o futuro da marca e das tendências do Design, garantindo assim uma representação visual consistente com as características da marca e facilitando sua assimilação por ela estar visualmente incorporada ao contexto estético contemporâneo.



Infográfico exemplificando o processo do Design Personalizado Qualitativo (Holístico)




Logo abaixo, vemos o exemplo de evolução visual da marca Shell, etapas de um processo permanente de Design que contribuiu para manter a marca visualmente coerente com a identidade da empresa e incorporada a cada contexto estético:


Evolução da marca Shell




Equilíbrio entre Quantidade e Qualidade: Aprimorando as práticas de Marketing Digital para além do Design


Na primeira parte deste artigo avaliamos a importância do Design para consolidar a identidade visual de uma marca e promover seus laços de afinidade e relacionamento com o público. Com o Inbound Marketing dominando o cenário do Marketing Digital, um aspecto fundamental no desafio de gerar engajamento orgânico e conversão através de suas campanhas na Internet tem relação com o equilíbrio entre a quantidade e a qualidade do conteúdo que a marca divulga nas Mídias Sociais: dependendo da estrutura de Marketing disponível na empresa, a premissa básica de publicar com frequência uma grande quantidade de conteúdo visando aumentar a performance através dos algoritmos pode comprometer a qualidade daquilo que se publica, alterando a identidade da marca (que está imediatamente entrelaçada com o conteúdo que ela publica) e reduzindo assim a força dos laços de afinidade que alguns clientes já haviam desenvolvido com ela.


A questão se resume ao conhecido dilema que praticamente toda campanha de Marketing enfrenta: o equilíbrio entre os aspectos quantitativos e qualitativos. Mais importante do que a quantidade do conteúdo gerado ou de pessoas que vêem a sua marca ou campanha, é a quantidade de pessoas que se identificaram qualitativamente com ela. Afinal, é esta identificação qualitativa que promove o engajamento, estimula o relacionamento e que gera conversões.



Texto e Imagem por Eduardo Galvani / Epîak Studio



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