Por Fernanda Vasconcelos - Yahoo Finanças
Wdson Sandenys, fundador da Caricanecas Foto: Divulgação
Em março, quando ouviu as primeiras notícias relacionadas ao Covid-19, o empresário Wdson Sandenys achou que seu negócio passaria pelos piores momentos. Quem iria comprar canecas com caricaturas durante uma crise econômica? Ele estava errado: as vendas da Caricanecas registrou 140% de crescimento nas vendas, enquanto as franquias chegaram a 600 unidades.
A primeira surpresa ocorreu no Dia das Mães, quando 15 mil canecas com caricaturas foram vendidas. Anteriormente, o Natal era a melhor data para o comércio, com 13 mil unidades em 2019. Mais para frente, no Dia dos Pais foram 20 mil.
“Agora, já estamos revendo os números para o Dia das Crianças e para o Natal de 2020”, afirma Sandenys.
Para o empreendedor, muitas pessoas desempregadas buscaram no negócio uma oportunidade e criaram uma franquia. Outras, que já eram representantes da Caricanecas tinham a franquia como uma renda extra, passaram a investir e se dedicar mais ao negócio e, por fim, o volume de vendas de todas as unidades cresceu, para um número absoluto não divulgado.
Com isso, a expectativa de faturamento da rede, que era de R$ 8 milhões neste ano passou a R$ 10 milhões, 126% mais que no ano passado.
A história da Caricanecas
O embrião da Caricanecas surgiu em 2009, quando Sandenys, que sempre quis trabalhar com desenho, abriu a Dinho Caricaturas em Jundiaí, interior de São Paulo. Na ocasião, ficava em frente as lojas da cidade, abordando pessoas e oferecendo suas caricaturas. "Eu pedia uma foto delas e fazia a caricatura. Se a pessoa gostasse, pagava. Fiz isso durante uns três meses. Depois de um tempo, as pessoas começaram a me pedir para desenhar seus filhos, cachorros, amigos. Em quatro meses eu já recebia tantos pedidos que eu precisei me profissionalizar ainda mais", conta. Em 2010, a empresa já contava com atendente, colorista e desenhistas.
Em 2013, a marca tinha dez desenhistas contratados e precisou trocar o nome já que não era mais o Dinho que fazia os desenhos. Passou a ser chamada Cartoneria. Nesse momento, o empresário descobriu que as caricaturas em canecas eram as que mais faziam sucesso e criou o Caricanecas, um site para o qual o cliente enviava uma foto e recebia uma caneca com a caricatura do modelo enviado, sistema que funciona até hoje. “No primeiro mês de funcionamento, eu cheguei a vender 400 canecas", afirma Sandenys.
Com o sucesso da marca, o empresário decidiu entrar para o franchising. “Eu tinha custos de logística muito altos para enviar as canecas para todos os cantos do país, isso inviabilizava as vendas porque tornava os produtos muito caros aos clientes”, explica.
Atualmente, as 600 unidades franqueadas funcionam no formato home based, com investimento em torno de R$ 9 mil. Os franqueados prospectam os clientes, enviam as fotos para a franqueadora e os desenhistas fazem as caricaturas. “O investimento baixo deve ter atraído quem ficou desempregado com a pandemia e tinha por exemplo, FGTS”, acredita o empresário.
Nesse momento, a Caricanecas conta com 67 desenhistas exclusivos, que fazem mais de 500 desenhos por dia. Uma caneca simples custa R$ 59 e há opções com desenhos de até quatro pessoas, além de camisetas, squeezes e outros produtos.
Esta matéria foi originalmente produzida por Yahoo! Finanças
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