Por Daniela Maciel.
Especializada em móveis planejados e com mais de 800 unidades espalhadas pelo País, a Italínea ignora o caos econômico causado pelo Covid-19 e projeta a abertura de 60 novas lojas até o fim do ano. Com a ampliação da rede a expectativa é crescer 10% em relação ao ano anterior.
De acordo com o diretor comercial da Italínea, Diego Machado, em Minas Gerais o foco da expansão é a Capital e sua região metropolitana, sem, contudo, descuidar de oportunidades que surjam em outras regiões do Estado, com destaque para o Norte de Minas e Triângulo. Para abertura de uma unidade a empresa leva em consideração um estudo técnico do IPC (Índice de Potencial de Consumo) das localidades.
“Minas Gerais é um território em que ainda precisamos nos desenvolver, é apenas o nosso 12º mercado, enquanto é o terceiro maior consumidor de móveis no Brasil. O Estado tem uma grande tradição moveleira mantida pelas pequenas marcenarias. É um trabalho artesanal, quase sob medida. Os marceneiros são os nossos principais concorrentes”, explica Machado.
E nem mesmo o fechamento das lojas como política de isolamento social para o combate à pandemia desacelerou os planos de expansão da Italínea. O investimento para abertura de uma franquia parte dos R$ 120 mil e não há preferência entre pontos de rua ou de shopping center. Para ser um franqueado, o candidato, além de capacidade financeira, precisa ter um perfil dedicado. A maioria já tem ligação com o setor, sendo arquitetos ou decoradores ou empreendedores de segmentos interligados, como lojas de decoração, tapeçaria ou tecidos, por exemplo.
“Somos a maior rede de móveis planejados da América Latina. Em cada unidade são entre sete e 10 empregos diretos, fora os terceirizados com os montadores, por exemplo. Sabemos da nossa responsabilidade. Desde a chegada da pandemia ao Brasil não tivemos queda nos números, mantivemos a mesma receita do período no ano passado. Entendemos isso por duas frentes: medidas da indústria como marca, criando campanhas para o consumidor, baixando os juros da nossa financeira própria e melhorando nossa comunicação on-line com o cliente sem deixar de atendê-lo. De outro lado, estar em casa despertou o consumidor para outras necessidades. Aumentou muito a procura por projetos de home office e cozinhas. As pessoas estão investindo na residência para o seu bem-estar. Percebemos que móveis e decoração estão subindo junto com as reformas”, analisa o diretor comercial da Italínea.
Esta matéria foi originalmente publicada por Diário do Comércio
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